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Toyota Etios

Em julho do ano passado fomos à Índia para dirigir o Toyota Etios e mostrar em primeira mão o capítulo inicial da investida dos japoneses em países emergentes, com o conceito de um carro compacto e de baixo custo. Agora desembarcamos no Japão para conhecer a versão brasileira, já flex, do hatch e do sedã que serão produzidos este ano em Sorocaba (SP). Comparados ao indiano, o Etios que a Toyota venderá por aqui foi levemente repaginado, com discretas alterações, mantendo intacto seu design, que, se por um lado não é referência de beleza na categoria, ampara-se na racionalidade. "Para lançar este modelo, fizemos pesquisas em mercados emergentes, como o brasileiro, e vimos que havia espaço para um carro econômico da marca Toyota", diz o vice-presidente mundial Yukitoshi Funo. Segundo Funo, até 2015, a marca produzirá oito tipos de carrocerias e venderá 1 milhão de carros. "Os Etios foram pensados para conquistar consumidores nos países que mais crescem no planeta." Os planos da Toyota para o Brasil são ousados: 70 000 unidades por ano no país. Para dar uma ideia do que é isso, em 2011 a Toyota vendeu 99 000 veículos aqui, entre Corolla, Hilux e importados como Camry e RAV-4. Assim, para roubar mercado de VW Gol, Fiat Palio, Nissan March e o futuro Hyundai HB, entre os hatches, e Renault Logan, Fiat Grand Siena, VW Voyage, Nissan Versa e Chevrolet Cobalt, entre os sedãs, o Etios ganhou um acabamento um pouco melhor que o indiano. Por fora isso se traduz em uma grade com frisos da cor da carroceria (no indiano ela é metalizada), faróis com lente de melhor qualidade, lanternas do hatch de desenho diferenciado, spoiler de série e rodas de alumínio em todas as versões. Para o hatch, continuam os 3,77 metros de comprimento e 2,46 de entre-eixos do indiano. Quatro pessoas viajam bem, sem raspar as pernas no banco da frente ou a cabeça no teto. O sedã é maior, 4,26 e 2,55 metros, respectivamente, com 595 litros de porta-malas - 32 a mais que o do Cobalt, atual campeão do segmento, e quase o mesmo que a Zafira (600 litros). Por dentro, os bancos têm padrão melhor que o do indiano, mas ainda assim têm tecido simples, e os apoios para cabeça são reguláveis (na Índia, são fixos). Os revestimentos sofreram leve melhoria de acabamento, com material de toque mais macio na parte escura do painel, mas no geral forrações de porta e painel são de plástico rígido. Portanto, não espere o refinamento de um Corolla ou de compactos premium como Fiat Punto ou VW Polo. Mas nos itens de série a história é outra. De fábrica, ele terá airbags frontais, ABS com distribuidor de frenagem (EBD), ar-condicionado, CD player com MP3 e travas e vidros elétricos. Por economia de escala, os instrumentos no centro do painel foram mantidos para atender a países com mão inglesa de direção. Há também pecados que você não espera num Toyota, como a tampinha da porta USB, frágil a ponto de ficar dobrada nos primeiros usos, ou o porta-luvas (13 litros e refrigerado pelo ar), que ao abrir bate no joelho do passageiro. Vale lembrar que as unidades avaliadas no Japão ainda são pré-série, mas sem possibilidade de sofrer mudanças profundas. Um ponto no qual o Etios melhorou bastante foi no isolamento acústico. Na Índia, acima dos 120 km/h, os ouvidos sofreram com o barulho do motor 1.2 de 80 cv. Também os motores do carro brasileiro são bem mais silenciosos. "Foi um dos pontos nos quais a equipe de engenharia trabalhou mais duro", diz o engenheiro Eduardo Camignotto. O Etios terá dois motores: 1.3 (só no hatch) e 1.5 (nas duas versões), ambos flex. Quando perguntamos a Akio Nishimura, responsável pela fase final do projeto, qual sua potência, veio uma resposta inesperada: "Isso só será divulgado no lançamento, já que nossos concorrentes no Brasil podem fazer alterações no motor para se aproximar do nosso produto". Considerando que o único de seus rivais que ainda não está à venda é o HB, que a Hyundai vai montar em Piracicaba (SP), fica clara a preocupação da Toyota com o modelo coreano, que estreia no fim do ano. Estima-se que os motores mais cotados por suas características são o 1NR-FE, um 1.3 de 98 cv que equipa o hatch Yaris, e o 1NZ-FE, um 1.5 de 109 cv que vai nos sedãs Yaris e Axio. Mas de oficial, mesmo, só números de desempenho. A marca divulga 11,9 segundos no 0 a 100 km/h, com etanol, para o hatch 1.3, contra 13,8 do March 1.0 e 13,9 do Palio 1.4, segundo testes feitos pela própria Toyota. Se confirmado o consumo anunciado, o Etios merece elogios: 9,54 km/l, frente a 8,22 do Palio e 8,92 do March, sempre testados pela Toyota. "Isso explica por que está descartado o Etios 1.0", diz Nishimura. Na avaliação que fizemos com os dois Etios na pista de teste de Gomagori, deu para sentir que o câmbio manual de cinco marchas tem engates macios e precisos, mas fica claro como o 1.3 demora para embalar - e isso tem uma razão. Para adaptá-lo ao piso brasileiro, o Etios ganhou reforços (e peso) a fim de melhorar em 15% a rigidez do chassi, além de receber amortecedores mais duros. Em conjunto com a bem calibrada direção elétrica, isso se traduz num comportamento firme nas curvas, de hatch e sedã, com acerto que passa longe da maciez de um Palio. 
                      

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