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Fiat Tipo 1993




O Fiat Tipo chegou ao mercado brasileiro em setembro de 1993, de início com três portas e logo depois com cinco. Com um sistema otimizado de logística e uma estratégia de marketing agressiva, a Fiat conseguiu uma proeza: vender um carro ainda moderno e com bom equipamento de série (incluindo direção assistida, opcional nos concorrentes) por um preço competitivo, US$ 17 mil à época.
A versão única de acabamento 1.6 i.e. não era luxuosa, mas podia oferecer como opcionais ar-condicionado, controle elétrico dos vidros e travas e teto solar. O revestimento dos bancos era claro e alegre, numa época em que predominava o preto. O motor 1,6 litro, o mesmo dos Fiats nacionais, tinha injeção monoponto e 82 cv, 10 cv a menos que no Uno 1.6R mpi lançado pouco antes, o que deixava seu desempenho muito fraco é sofrível quando carregado.
Contava com detalhes bem pensados: segunda chave "de manobrista" (não abria porta-luvas e porta-malas), dobradiças pantográficas no capô, banco do passageiro dianteiro com memória de posição (após afastado para o acesso (no caso do três-portas retornava ao ajuste anterior de distância), tampa do porta-malas em plástico de alta resistência e um bom volante de quatro raios, muito preciso e de relação direta.
Trazia também duas luzes traseiras de neblina, contra apenas uma na maioria dos carros. O limpador de pára-brisa não possuía duas velocidades mais funcionamento intermitente: apenas uma (rápida) e a intervalada, embora fosse de alta freqüência. As alavancas de acionamento dos limpadores e das luzes direcionais eram curiosamente iluminadas. Faltavam também freios a disco ventilados na dianteira, que o Uno usava desde o 1.5 SX de 1986.
O sucesso levou a Fiat a rapidamente expandir a oferta. Em julho de 1994 chegava o Tipo SLX de 2,0 litros. O motor de duplo comando e 1.995 cm3 não era igual ao do Tempra oito-válvulas: tinha injeção multiponto, em vez de monoponto, e duas árvores de balanceamento, para anular as vibrações que havia de sobra no modelo nacional, mas o desempenho ainda o deixava bem aquém de um carro com seu nível. O SLX, vendido somente com cinco portas, trazia outras novidades: faróis de neblina, banco do motorista com ajustes de altura e de apoio lombar, apoio de braço central dianteiro, retrovisores e parte dos pára-choques na cor da carroceria, além do estofamento em veludo espesso na cor cinza-claro e um útil check-control no painel de instrumentos. As rodas de alumínio (opcionais) calçavam pneus 185/65-14, mais largos que os do 1,6 (175/65) e mais altos que os 185/60 empregados na Europa. Os freios a disco nas quatro rodas podiam incluir sistema antitravamento (ABS) opcional, além do airbag, também opcional.
Veio também a versão realmente esportiva da linha, o "Sedicivalvole" (dezesseis válvulas em italiano), este modelo possuía motor 2,0 litros de 16 válvulas e 137 cv (potência declarada de 145cv na Europa e que foi "rebaixado" por conta da classificação dos impostos. Fazia de 0 a 100 em 9,8 s, e atingia a incrível marca dos 206,7 km/h de velocidade máxima, apenas 9 quilômetros a menos que o Vectra GSI, que possui 150 cv e atinge 215,7 km/h com aceleração de 0 a 100 em 9,2 s. Esta versão do Tipo trazia ainda novidades como, bancos Recaro de fábrica, saias laterais e frisos vermelhos nos pára-choques, além da inscrição "Sedicivalvole" na tampa do porta-malas, tudo para deixar com um ar mais esportivo, além de ter todos os outros itens que vinham nos outros modelos como, direção hidráulica, vidros elétricos, travas elétricas, ar condicionado e teto solar (elétricos nas versões SLX e 16V); como opcional tinha o sistema ABS. O Sedicivalvole veio com pneus 195/60 aro 14, diferente da versão que rodava na Europa que tinha pneus 185/55 aro 15, essa mudança na importação deveu-se às condições das estradas e pistas brasileiras, onde exige-se carros mais "guerreiros" para aguentar a buraqueira dos asfaltos, o que não era o caso do Tipo, que com a suspensão fraca, sofre muito em nossas ruas e estradas.
Porém o Tipo passou de amado (campeão de vendas disparado entre os importados, e entre os carros mais vendidos do país juntamente aos populares Gol e Uno, só perdendo para ambos respectivamente) a odiado em pouco tempo, devido aos famosos incêndios que ocorreram nos modelos 1.6 i.e. 93/94/95, um defeito na direção hidráulica, no qual uma mangueira estourava e derramava fluido inflamável sobre o motor causando os incêndios, geralmente acontecia após o motorista ter feito muitas manobras, onde exigiu-se demais da direção hidráulica.
A Fiat ainda fez dois Recalls para solucionar o problema, mas só foi descoberto e reparado o problema no segundo recall, visto que no primeiro continuaram a acontecer os casos de incêndios. Mas estranho mesmo era a desculpa do óleo hidráulico incendiar-se, visto que em muitos carros de outras marcas ocorreram vazamento de óleo hidráulico por causa da idade avançada e do uso constante do sistema hidráulico e eles nunca pegaram fogo.
Também foi produzida uma versão nacional do Tipo, que foi o primeiro carro brasileiro a ter bolsa inflável: trata-se dos modelos 1.6 mpi, que tinham 92 cv e foram produzidos de 1996 à 1997. Aliás, este pioneirismo é até hoje dividido com o Chevrolet Vectra, que passou a sair da fábrica com o equipamento de segurança inflável, um dia após o Fiat Tipo, o que gera discussão até hoje, de quem lançou primeiro.

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