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Ford Ka 1992


O projeto teve início em 1991 e ficou a cargo do estúdio de "design" Pininfarina. O veículo foi lançado em 1996 na Europa e em 1997 no Brasil, começou a ser produzido a partir de um "concept car", suas linhas arrojadas inauguraram o conceito “New Edge“ de design e serviu de inspiração para outros modelos do fabricante, como o Fiesta e o Focus. Em 1997, um Ford Ka básico 0KM custava aproximadamente R$11.000.
O desenho do Ka é baseado em um pirâmide, com formas mais orgânicas e o nome "Ka" significa, em uma tradução livre, do egípcio "Alma" ou "Espírito". No Brasil sofreu leve reestilização em 2002 e tem tido os custos reduzidos ano após ano desde 2000 para competir no segmento de entrada da Ford Brasil, mas na Europa mantêm sua aparência original até os dias atuais.
No Brasil, o Ka é um veículo com bom desempenho na classe dos populares (modelos com até 1.000 cm3 de cilindrada), graças ao inovador conceito de seu motor que conta com transmissão do movimento do eixo comando de válvulas para estas de maneira indireta através de roletes, reduzindo o atrito e melhorando a performance, principalmente a baixas rotações. Esta característica confere ao motor uma alta durabilidade, estimada pela fábrica em pelo menos 240 mil Km (obviamente obedecidas as normas mínimas de manutenção), existindo relatos de motores com mais de 600 mil Km sem necessidade de retífica e com uso em condições normais. Boa parte da confiabilidade deste motor deve-se à utilização da corrente de distribuição em detrimento da correia dentada. Este motor tem o nome de Zetec Rocam ou Duratec na Europa. No Brasil, ainda é feita a versão 1.6 do Ka, também equipado com o motor Zetec Rocam. Na Europa a motorização mais utilizada é 1.3l o propulsor 1.6l é reservado á versão esportiva e conversível, à venda sob o nome de StreetKa. No Brasil a Ford não a produz por motivo do alto preço, no entanto a Sulam, (empresa especializada na modificação de carrocerias e blindagens) fabrica sob encomenda uma versão semelhante a Européia sob nome de KAbriolet.
O Ford KA produzido no Brasil, é exportado para os países do Mercosul, Venezuela e México. Em dezembro de 2007, foi lançada a linha 2008 do Ford Ka. O novo Ka trouxe mudanças significativas em sua estrutura (é praticamente um novo carro, que manteve apenas o nome), além da motorização Rocam Flex (bicombustível - álcool ou gasolina) nas opções 1.0 e 1.6. Além das mudanças estéticas, sua capacidade de carga aumentou, comportando agora 3 passageiros no banco de trás. Para um carro "de entrada" (usualmente o primeiro veículo 0Km e muitas pessoas), trouxe diferenciais interessantes no modelo básico, como abertura do porta-malas no painel (já disponível na versão anterior), alarme volumétrico, controle remoto de abertura das portas e do porta-malas com botão localizador, jogo de chave/cilindro anti-furto (que impossibilita a partida no carro sem a chave correta), luz de advertência da revisão programada (o condutor é avisado no painel quando o veículo se encontra em período de revisão, seja por quilometragem ou por tempo de compra), travamento automático das portas a 15km/h e travamento central elétrico das portas. De 1997 a 1999, estes carros eram equipados com os econômicos Endura-E, um motor valente, mas desempenho mediano, ainda que apresentasse bom torque. A partir da linha 2000, ainda no fim de 1999, a Ford passou a equipar o KA com motores Zetec RoCam (apenas o 1.6 é vendido como Duratec na Europa), muito mais modernos e potentes. Apresentam corrente em vez de correia dentada e contam com balancins roletados. O Ka 1.0 com este motor foi capa da Revista Autoesporte com a manchete "Ka: O melhor 1.0 do mercado". Realmente, o desempenho era muito superior ao que se tinha no mercado. O Ka Tecno (2000), série limitada a pouquíssimos felizardos (800), destacava-se por ter rodas exclusivas aro 13" em liga leve, parachoques pintados em tom mais mais escuro que o prata da carroceria, painel de instrumentos e relógio central com fundo preto e outros ítens. Tinha motor 1.0 Zetec Rocam.
O Ka XR (desde 2001) nasceu como uma versão esportiva do KA, estreando os motores 1.6 no carro. Apresentava ítens como rodas de liga leve, saias laterais e um aerofólio que, no modelo fabricado até 2001 apresentava ganho de 7km/h de velocidade máxima. Era vendido tanto completo quanto sem ar ou direção hidráulica. Posteriormente, as versões mais básicas deram origem ao Ka Action, um 1.6 sem os adereços esportivos e calotas. O KA Black (2001), série premiada por sua exclusividade e ítens de série, como bancos de couro e interior diferenciado, teve uma produção de apenas 800 unidades, sendo que 640 destes eram 1.0 e os outros 160 foram 1.6, ambos com motores Zetec RoCam 1.6. Externamente, o 1.6 era igual ao XR, com saias laterais, enquanto o 1.0 não as tinha. Foi o primeiro carro nacional a oferecer Blindagem de fábrica.
O Ka MP3 (desde 2005), lançado como série, e "efetivado" na linha de produção, conta com sistema de som com capacidade para ler e reproduzir arquivos de música MP3, sua carroceria é preta com detalhes em cinza. Pode-se optar pelo motor 1.0 ou 1.6, ambos Zetec Rocam.
Era até 2007 o único carro 1.0 brasileiro que ainda não emprega a tecnologia flex que permite o uso simultâneo de álcool e gasolina. Em 14 de dezembro de 2007, foi feito lançamento do Novo Ford Ka, modelo 2008/2009, que conta com as versões flex tanto na motorização 1.0L quanto 1.6L. O veículo também apresenta um conjunto de opcionais que foram agrupados em 'kits' pela montadora: Kits Fly, Pulse e Class (disponíveis para as versões 1.0l e 1.6l), Somma, Neo e Prestige (disponíveis para versão 1.0l) e Performer (disponível para versão 1.6l).
Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1998.

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