O Lada Niva 1.6 é o modelo de chassis curto, ano 1990 a 1994; foram as primeiras unidades a chegar ao Brasil.
Motor, Dimensões e Capacidades
- Dianteiro, longitudinal, 4 tempos, pistões alternativos, ignição por centelha, injeção eletrônica monoponto sincronizada, arrefecido a água com monopropileno glicol;
- Cilindros: 4 em linha;
- Cilindradas (cm3): 1.568;
- Potência máxima (cv): 73 cv / 82 cv (1.7);
- Torque máximo (mkgf): 12,0 m.kgf a 3.200 rpm;
- Combustível: gasolina;
- Diâmetro e curso (mm): 79 x 80;
- Taxa de compressão: 8,5:1;
- Entre-eixos (mm): 2.200;
- Comprimento (mm): 3.720;
- Largura (mm): 1.680;
- Altura (mm): 1.640;
- Bitola traseira (mm): 1473;
- Bitola dianteira (mm): 1473;
- Peso em ordem de marcha: 1.191 kg;
- Carga útil: 359 kg;
- Tanque: 42 litros.
Direção
- Tipo: setor sem fim, pode ser instalada caixa de direção com relação de multiplicação 20,8:1.
Freios e Desempenho
- Sistema hidráulico de duplo circuito servo-assistido, a discos para as rodas dianteiras e as tambores para as rodas traseiras, com válvula reguladora de pressão nas rodas traseiras.
- Ângulo de entrada: 38º;
- Ângulo de saída: 32º;
- Vão livre: 217 mm;
- Travessia de água: 600 mm;
- Rampa máxima: 31º;
- Inclinação lateral máxima: 30º;
- Diâmetro de giro: 10 metros;
- Consumo: estimados 8,5 km/l para utilização em cidades e 10,5 km/l para utilização em estradas;
- Velocidade máxima: 136 km/h; 0 a 100 km/h: 23,6 segundos.
Transmissão
- Mecânica de 5 marchas mais ré;
- Tração: integral 4x4 contínua/permanente;
- Caixa de mudanças com 5 velocidades à frente sincronizadas e uma à ré. Relações de transmissão: 1ª: 3,67:1; 2ª: 2,10:1; 3ª: 1,37:1; 4ª: 1,00:1; 5ª: 0,82:1; Ré: 3,52:1;
- Caixa de redução direta e reduzida, com bloqueio do diferencial central, comando na cabine;
- Caixa de transferência: Velocidade Superior: 1,20:1; Velocidade Inferior (reduzida): 2,13:1; Relação diferencial: 4,30:1.
Suspensão, Rodas e Pneus
- Dianteira: independente, sobre bandejas móveis transversais com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.
- Traseira: eixo rígido com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos com 4 barras tensoras longitudinais e uma transversal.
- Rodas: de aço, estampadas, aro 16, fixação co m 5 porcas.
- Pneus: Radiais 175/80 R16 / Lameiros 6.95x16
Quando o então Presidente do Brasil, Fernando Collor acabou com a reserva de mercado para automóveis em 1990, a primeira marca estrangeira a chegar oficialmente foi a Lada, através do seu representante para a américa la tina sediado no Panamá. Ocorreram alguns meses antes, entretanto, algumas importações de veículos por particulares.A Lada tinha o Niva, ao lado do Laika sedã, como seu carro-chefe de vendas. Vieram ainda o Laika Station e o Samara, mas em menor quantidade. O Niva foi inicialmente um sucesso, em vista que o Brasil era um mercado acostumado com cerca de vinte anos de proibição total de importações, e em um tempo muito curto, o La
da Niva obteve enormes vendas.
O Niva era um jipe de tração 4x4 integral e permanente, uma das características que o tornava superior aos populares jipes nacionais da Gurgel, concorrentes diretos, mas que foram descontinuados com a falência desta. A abertura das importações por Fernando Collor mostrou-se permanente e crescente, com novas marcas estrangeiras chegando ao Brasil. Os problemas surgidos com a desintegração da União Soviética dificultaram a reposição de peças e estoques. Problemas de acabamento como bancos que se soltavam, portas desalinhadas e outros itens nos produtos La
da foram reduzindo suas vendas. Em 1990 e 1991 qualquer coisa automotiva importada chamava a atenção pela novidade e vendia bem. De 1992 em diante os importados começaram a ser tornar coisa trivial e o Niva ganhou outros competidores externos. As vendas começaram a cair e em 1997 a Lada saiu do Brasil.
Legado do Niva e da Lada
Ironicamente foi uma marca da extinta União Soviética, um regime fechado, a primeira a chegar ao Brasil no processo de abertura comercial implementado pelo presidente Fernando Collor, com o intuito de modernizar o mercado automobilístico brasileiro introduzindo maior concorrência. O mercado de automóveis no Brasil era controlado por apenas quatro fabricantes que, sem grande concorr
ência, ofereciam produtos tecnologicamente obsoletos e com poucas opções de modelos. A lei de Informática, que proibia importações de qualquer produto da área também foi um fator desinibidor do aperfeiçoamento do produto nacional. Os carros da Lada porém, eram mais antiquados que os fabricados no Brasil e ganharam mercado mais pelo quesito novidade do que pela qualidade. O Niva entretanto, apesar do projeto antiquado, possuia um sistema mecânico de tração 4x4 robusto e eficien
te, a um custo competitivo. Basta lembrar que era um jipe de tração integral com diferencial central, semelhante ao dos veículos Land Rover, mas por um terço do preço desses. Os Nivas eram vendidos em três versões, com p
reços que partiam de 10 mil dólares na versão básica, 11 mil na intermediária (com caixa de direção aliviada Gemmer feita na França) até 13 mil dólares na equipada Pantanal. Por não estar mais à venda no Brasil desde 1998, quando foram importados num pequeno lote por uma ex-revendendora, o Niva é atualmente uma raridade em nossas ruas e estradas. No entanto, ele segue tendo seus apreciadores que são cham
ados "niveiros".
Cenário atual
Ao contrário do que pensam muitos, nem a Lada, nem seu veículo Niva acabaram. A Lada segue existindo, hoje com participação acionária da Renault, e o Niva completou mais de trinta anos de fabricação contínua. Atualmente o Niva é um veículo com várias diferenças se comparado com os primeiros que chegaram
no Brasil, não tendo nenhum dos defeitos antigos. As qualidades seguem as mesmas: tração 4x4 permanente, resistência a atoleiros e muito mais conforto. Apenas há o diferencial de preço, que é atualmente muito mais alto do que os modelos antigos.
A participação acionária não seria da Chevrolet.
ResponderExcluirA Chevrolet fez um modelo copiando o Niva, tanto que em 2003 fizeram um acordo que tinha de ter o nome Lada no nome do carro, ai o nome ficou "Lada Chevrolet Niva, mais em participação acionário foi a Renault mesmo, tanto que era um motor Renault o Niva
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