O M13AA é um motor em alumínio com quatro cilindros em linha, orientação longitudinal, 1.328 cm³, DOHC 16 válvulas, comando de válvulas varíavel (ou VVT, Variable Valve Timing em inglês) e injeção eletrônica multiponto sequencial. Apresenta potência máxima de 85 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 110 Nm a 4.100 rpm.
O K9K é um motor em alumínio com quatro cilindros em linha, orientação longitudinal, 1.461 cm³, SOHC 8 válvulas e injeção direta common-rail. Apresenta potência máxima de 86 cv a 3.750 rpm e torque máximo de 200 Nm a 1.750 rpm. Os modelos equipados com ele são identificados pela sigla DDiS.
O K6A é um motor em alumínio com três cilindros em linha, orientação longitudinal, 658 cm³, DOHC 12 válvulas, injeção eletrônica multiponto sequencial e turbo-compressor com intercooler. Apresenta potência máxima de 64 cv a 6.500 rpm e torque máximo de 106 Nm a 3.500 rpm. Equipa a versão Keijidosha do veículo comercializada no Japão.
O Jimny tem a carroceria montada sobre um chassis do tipo escada e as suspensões dianteira e traseira possuem, cada uma, três braços de apoio, um eixo rígido, duas molas helicoidais e dois amortecedores. Somada à maior altura em relação ao solo e aos ângulos de entrada e saída, essa típica configuração de jipetem como objetivos principais a rigidez estrutural e a flexibilidade no contato com o terreno, características úteis em um veículo off-road.
A tração 4x4 é do tipo selecionável (4WD, Four-Wheel Drive ou Part-time), com caixa de transferência de dupla relação (alta e reduzida) e rodas-livres com cubos de bloqueio automático por vácuo. As trocas entre os modos 2WD (tração traseira), 4WD (4x4 High) e 4WD-L (4x4 Low) são feitas via comandos eletrônicos no painel. Um sincronizador permite mudanças entre 2WD e 4WD em velocidades de até 100 km/h, mas ainda é necessário parar completamente o veículo para se acionar o 4WD-L (reduzida). Como não há um diferencial central incorporado à caixa de transferência, o uso dos modos 4WD e 4WD-L em pisos com boaaderência não é recomendado, sob risco de danos ao sistema de transmissão.
Possui quatro lugares e porta-malas com capacidade para 113 litros ou, no caso do rebatimento total dos dois assentos traseiros, 324 litros. Equipamentos de segurança como macaco e chave de roda são acondicionados em um pequeno espaço interno, sob o chão do porta-malas, enquanto o pneu sobressalente é fixado em um suporte na parte externa da porta traseira. A história do Jimny e demais veículos 4x4 da Suzuki tem início com o Hope Star ON360, pequeno utilitário 4x4 criado em 1965 pela Hope Motor Company do Japão. A primeira versão do ON360 era equipada com um motor Mitsubishi ME24D a gasolina (do Minica 1964), com dois cilindros em linha, dois tempos, 359 cm³, OHV, refrigeração a ar, potência máxima de 21 cv a 5.500 rpm e torque máximo de 31,4 Nm a 3.500 rpm. Em 1967, o ON360 foi submetido à aprovação do departamento de transportes do governo japonês e, em 1968, 15 unidades do modelo conversível foram produzidas para o mercado interno. Entretanto, devido ao fraco desempenho comercial e insuficiente retorno financeiro, a Hope Motor Company acabou sendo vendida à Suzuki naquele mesmo ano, bem como todos os direitos relacionados ao projeto do ON360. Em 1970, após passar por diversas modificações, o novo ON360 foi apresentado, dessa vez com o nome de LJ10 (Light Jeep 10 ou Jimny 360). O visual havia sido aprimorado e o motor Mitsubishi ME24D substituído pelo Suzuki FB a gasolina, com dois cilindros em linha, dois tempos, 359 cm³, refrigeração a ar, potência máxima de 25 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 33,4 Nm a 5.000 rpm. Possuía câmbio com 4 marchas sincronizadas e caixa de transferência com redução. O peso era de aproximadamente 600 kg e alcançava velocidades de cerca de 70 km/h. Trazia o pneu sobressalente instalado no lugar de um dos assentos traseiros, para que o comprimento total não excedesse 3 metros. Desse modo, o LJ10 poderia continuar inserido na categoria Keijidosha, o que lhe asseguraria benefícios fiscais e menor preço final. O LJ10 é considerado o primeiro veículo 4x4 da história da Suzuki. Em 1972, surgia o modelo LJ20 (ou Jimny 360 Water Cooled), com o novo motor L50 de 359 cm³ refrigerado a água e que, graças a uma maior taxa de compressão, agora alcançava potência máxima de 28 cv a 5.500 rpm e torque máximo de 37,3 Nm a 5.000 rpm. Assim como no LJ10, por segurança o freio de mão bloqueava diretamente a caixa de transferência, em vez das rodas traseiras. Com exceção de alguns detalhes, como a grade frontal de frisos verticais e as luzes de estacionamento separadas das de direção, o aspecto geral era basicamente o mesmo do seu antecessor, incluindo os três assentos e o pneu sobressalente no habitáculo. Para esse modelo, existiram versões com capota em metal ou lona, direção à direita ou à esquerda e bancos dianteiros com encosto de cabeça. NosEstados Unidos, o LJ20 foi importado pela empresa IEC (International Equipment Co.). O ano de 1976 marcou a introdução do modelo SJ10 ou Jimny 55, que trazia o novo motor T5, com três cilindros em linha, dois tempos, 539 cm³, potência máxima de 26 cv a 4.500 rpm e, graças a novos diferenciais, torque máximo de 52 Nm já a 3.000 rpm. Uma bomba de motocicleta era incorporada ao motor, para que a mistura de óleo e combustível fosse feita de modo automático. A velocidade máxima era de aproximadamente 100 km/h e o peso chegava aos 670 kg. O pneu sobressalente passava a ser fixado em um suporte externo na porta traseira, liberando espaço na cabine para a instalação de um quarto assento. Primeiro modelo da série SJ (Small Jeep), foi exportado para vários países, recebendo o nome de LJ50 em alguns deles. Na Austrália, a variação LJ50S trazia capota e portas em lona, enquanto a LJ50V possuía carroceria totalmente em metal, com o pneu sobressalente instalado na parte interna. Lançado em 1977, o SJ20 ou Jimny 8 foi o último modelo da geração original. Apesar da semelhança visual com seu antecessor, trazia o novo motor F8A, com quatro cilindros em linha, quatro tempos, 797 cm³, SOHC 8 válvulas, potência máxima de 41 cv a 5.500 rpm e torque máximo de 61 Nm a 3.500 rpm. A velocidade máxima era de aproximadamente 110 km/h e o peso chegava aos 762 kg. O interior remodelado completava o conjunto de modificações. Devido às melhorias mecânicas, consumia menos combustível e emitia menos poluentes que o SJ10, ainda disponível no mercado interno japonês. Exportado para diversos países, recebeu nomes como LJ80 ou Eljot 80 (Holanda). Entre os novos acessórios disponíveis, estavam rodas esportivas, carpete para o assoalho, assentos melhores, quebra-mato e faróis adicionais. Em 1979, surgia um modelo pick-up para cargas leves, conhecido como LJ81 em mercados externos. O SJ20 permaneceu em produção até 1982, quando foi descontinuado. Produzido apenas para o mercado japonês, o SJ30 estava equipado com uma versão discretamente aprimorada do motor T5, com três cilindros em linha, dois tempos, 539 cm³, potência máxima de 28 cv a 4.500 rpm e torque máximo de 53 Nm a 2.500 rpm. Trazia câmbio manual de 4 velocidades, suspensão um pouco mais macia, freios melhorados e novo sistema elétrico e de ignição. A maior novidade do SJ30, no entanto, era a carroceria redesenhada, com a estréia do estilo anguloso que se tornaria característica comum ao veículo em suas várias séries seguintes. Novo painel de instrumentos e interior remodelado completavam o conjunto de alterações. Entre as versões disponíveis, estavam as com capota em metal, em lona, totalmente conversível e pick-up, nenhuma delas exportada para outros países. O SJ30 é um modelo Keijidosha, diferente de seu sucessor, o SJ40, que não se enquadra nessa categoria. Lançado em 1982, o SJ40 ou Jimny 1000 marca o início das vendas em larga escala da série SJ. Estava equipado com o motor F10A, com quatro cilindros em linha, quatro tempos, 970 cm³, SOHC 8 válvulas, potência máxima de 52 cv a 5.000 rpm e torque máximo de 80 Nm a 3.500 rpm. Contava também com câmbio manual de 4 velocidades, freios de tambor nas quatro rodas, suspensões por feixes de molas semi-elípticas, amortecedores traseiros a gás, carroceria redesenhada para mais estabilidade, maiores ângulos de entrada e saída e novo interior. Estava disponível em versões com capota em metal, lona, totalmente conversível e pick-up. Na maioria dos países em que foi vendido, recebeu o nome de SJ410 e, além de exportado diretamente do Japão, foi também produzido em Linares, na Espanha, pela empresaSantana Motor, sendo lá conhecido como Samurai 1.0 ou Samurai Mil. Lançado em 1984, o SJ413, também conhecido no Japão como Jimny 1300 ou JA51, trazia o novo motor G13A, com quatro cilindros em linha, quatro tempos, 1.324 cm³, SOHC 8 válvulas, potência máxima de 70 cv a 5.500 rpm e torque máximo de 104 Nm a 3.500 rpm, inicialmente oferecido com carburador e posteriormente com injeção eletrônica monoponto. Um novo câmbio de 5 marchas melhorava o desempenho do veículo em altas velocidades e freios mais eficientes foram instalados nas quatro rodas. A suspensão ganhou barras estabilizadoras melhores e a carroceria e o interior foram redesenhados também. O SJ413, assim como o SJ410, recebeu diferentes nomes nos muitos mercados nos quais foi vendido ao redor do mundo, como por exemplo Suzuki Samurai, Chevrolet Samurai, Suzuki Sierra, Suzuki Santana, Suzuki Caribbean, Suzuki Potohar, Holden Drover e Maruti Gypsy. O modelo atual do veículo já recebe o nome original japonês (Suzuki Jimny) em diversos países. O JA71 era basicamente uma versão Keijidosha do SJ413, lançada em Janeiro de 1986 para o mercado japonês. O novo motor F5A, com três cilindros em linha, quatro tempos, 543 cm³ e SOHC 8 válvulas, vinha equipado com um turbo-compressor que lhe conferia ganho em desempenho. Inicialmente, a potência máxima era de 42 cv a 6.000 rpm e o torque máximo era de 58 Nm a 4.000 rpm. Em Novembro de 1987, um intercooler era acrescentado ao F5A, ampliando sua potência para 52 cv a 5.500 rpm e seu torque para 70 Nm a 4.000 rpm. Todas as versões contavam com o câmbio manual de 5 marchas do SJ413 e um novo módulo aprimorado de injeção eletrônica, o EPI (Electronic Petrol Injection). Ainda em 1987, surge a versão com cabine elevada, que mais tarde também seria exportada. Entre algumas das diferenças visuais, estavam a tomada de ar do intercooler no capô, pneus maiores, faixas decorativas laterais, instrumentos de melhor visualização e, em alguns casos, grade dianteira com frisos horizontais.
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