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Derivado dos Typ 3 alemães (mais especificamente de um protótipo da matriz que não entrou em produção), o Brasil viu em dezembro de 1968 a estreia do VW 1600, um carro de três volumes e quatro portas, com um motor a ar de 1600 cc, instalado na traseira.Acomodava quatro passageiros e os levava até cerca de 135 km/h. A dianteira, única no mundo, possuía faróis retangulares até 1970, quando foram substituídos por dois faróis redondos de cada lado.
A fábrica sustentava o marketing na beleza do carro que aparentemente só ela via, e o carro teve sucesso limitado, sendo popular apenas entre os taxistas. Suas formas retangulares lhe renderam o curioso apelido de "Zé do Caixão", talvez por sua semelhança com um esquife, ou talvez por parecer uma criação do famosos cineasta. Outro curioso apelido, este mais conhecido no sul do país era "saboneteira". Embora sendo um apelido menos agressivo que o de "Zé do Caixão", também não contribuiu para que o pequeno carrinho caísse nas graças do povo. Ele saiu de linha em 1971.
TL e Variant
Entretanto os frutos da linha iniciada pelo 1600 foram positivos para a Volks. Derivado dele, a fábrica seguiu a tendência natural da linha europeia, lançando primeiro a caminhonete (perua) Variant, em 1969. Com a iminente saída de linha do 1600 original, a fábrica lançou o dois volumes e meio (fastback) TL em 1970, com o motor horizontal da Variant - e já no ano seguinte seria eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1971.Características
Ambos possuíam a mesma motorizaçãodo 1600, porém o estilo de carroceria fez toda a diferença. Além da pequena área de carga na dianteira, agora havia um amplo espaço na traseira, ampliado pelo motor horizontal, que ocupava bem menos espaço (a ventoinha ficava agora montada no virabrequim). No caso da Variant, o espaço total para carga chegava a 640 litros. O interior era pouco mais que espartano. O problema da rejeição ao design foi solucionado em 1971, através de uma reestilização da dianteira. Ambos os carros ganharam uma dianteira mais baixa e inclinada para dentro. Apesar do apelido "cabeça de bagre", o novo desenho encontrou grande aceitação. A VW também lançou uma versão de 4 portas do TL, para atrair os motoristas de táxi (que utilizaram muito o VW 1600 quatro portas).
Desempenho no Mercado
Os modelos acumularam boas vendas no decorrer da década de 70, e a Variant inclusive superava no mercado interno a Ford Belina, muito mais avançada tecnologicamente (em grande parte devido as péssimas condições das estradas brasileiras).Entretanto, apesar do sucesso no mercado brasileiro e da ausência de competidores (a Volks dominava cerca de 70% do mercado brasileiro), a idade do projeto começava a pesar (o similar europeu era de 1961), e a Volks, que já experimentava dificuldades no exterior com a linha "a ar", decidiu introduzir também aqui a linha Passat, já em 1974, ocupando o mesmo nicho de mercado do TL. Esta concorrência interna, somado ao lançamento do VW Brasília, decretou o fim da linha TL em 1975, podendo-se encontrar algumas unidades residuais do ano de 1976.
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