Uma maquete do novo Eco, feita de argila na escala 1:1 foi a atração de um evento voltado para estudantes de engenharia da Escola Politécnica de Salvador, que teve a Ford como um dos parceiros. O modelo é idêntico ao que foi exibido em janeiro aos jornalistas e mostra as formas finais do pequeno SUV – não se anime com os faróis de led, pois o modelo real terá lâmpadas convencionais. Na ocasião, engenheiros da Ford confirmaram que a plataforma é a mesma do novo Fiesta, trazido do México. Ele irá compartilhar com o sedã a maior parte da mecânica e dos componentes eletrônicos, assim como estrutura dos bancos e até comandos da cabine. Apenas o Eco 4x4 usará uma secção traseira exclusiva para acomodar a tração no eixo de trás. A versão 4WD terá suspensão independente multilink, enquanto as configurações 4x2 terão eixo de torção. As versões serão as mesmas do Eco atual: XLS, XLT e 4WD, com rodas de 16 polegadas e opção de 17 pol. A maquete apresentada, inclusive, estava equipada com pneus 205/55 R17. Os pneumáticos não foram confirmados, mas a opção de rodas de 17 polegadas é dada como certa. Haverá duas opções de motor, o 1.6 Sigma e o 2.0 Duratec. Esqueça o EcoBoost 1.0, o moderno três-cilindros equipado com turbo e injeção direta de combustível. Segundo apuramos, ele funciona bem na Europa, onde a economia de combustível e nível reduzido de emissões de poluentes são vistos como fortes argumentos de compra. No Brasil, além de não haver lei exigindo limites tão baixos de emissões, esse propulsor seria visto com desconfiança, a despeito da má experiência vivida com o falecido motor Supercharger 1.0.
A produção será realizada em Camaçari, Bahia, e daqui o Eco será exportado para outros países do Mercosul. Na Argentina, os hermanos poderão utilizar o motor diesel, apenas com tração dianteira. Não haverá Eco diesel 4x4. A transmissão de seis velocidades também não está nos planos da marca, tampouco alguma configuração com câmbio automatizado. Teremos apenas a opção do câmbio manual e o automático de quatro velocidades. As versões mais caras terão sete air bags, freios ABS e controle de estabilidade. A Ford deve aproveitar o ganho de escala para caprichar na lista de equipamentos do jipinho – o New Fiesta é caro demais para o segmento. A empresa pretende iniciar a produção local do hatch e do sedã, o que ajudará a cortar custos. A Ford já trabalha em novos projetos. O antigo Fiesta e o Ka estão no forno para mais uma renovação. Um visto brasileiro para o Fiesta europeu ainda está distante de sair. A solução mais provável é uma renovação profunda no “nosso” Fiesta, aproveitando a mesma plataforma. Por ora, não acredite em especulações sobre o Ka quatro-portas. Enquanto o Fiesta brasileiro existir, essa configuração para o compacto não faria o menor sentido.
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