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VW Fox Bluemotion

O motor VW 1.0 de três cilindros era aguardado no fim de 2013, a bordo de outra novidade: o compacto Up!. Contrariando a expectativa, porém, a fábrica decidiu apresentar o motor agora, equipando o VW Fox . A estratégia parece estranha porque esvazia o lançamento do Up!. Mas a VW avalia que o mercado precisa de tempo para se acostumar ao motor, pelo fato de ele ter um cilindro a menos que os tradicionais 1.0. Para a empresa, o aspecto mais inovador do EA-211 seria também seu ponto mais vulnerável, do ponto de vista comercial, uma vez que, em tecnologia, é mais comum que a evolução acrescente coisas (capacidade, recursos, componentes) do que retire. Com o tempo, até a chegada do Up!, a VW espera que o preconceito desapareça. O EA-211 estreia em uma nova versão do Fox, a Bluemotion, lançada como complemento de linha, sem aposentar a opção equipada com o motor 1.0 de quatro cilindros, o EA-111. "Vamos oferecer as duas, para que o cliente possa escolher", afirma o gerente de marketing da VW, Henrique Sampaio. O Fox Bluemotion sai por 32 590 reais, com duas portas, e 34 090 reais, com quatro. O Fox 1.0 de quatro cilindros, por sua vez, custa 31 840 reais e 33 340 reais, respectivamente. Em qualquer configuração, o Bluemotion é 750 reais mais caro. Sendo que, além do motor, as únicas diferenças que ele traz são próprias da linha verde da marca, a Bluemotion, como os pneus de baixa resistência ao rolamento, direção eletro-hidráulica (enquanto no Fox é hidráulica) e acessórios aerodinâmicos (grade e spoiler). O EA-211 foi desenvolvido com foco na eficiência energética. A ele não se aplica o conceito do downsizing porque, efetivamente, não houve redução de deslocamento. Mas a intenção de conseguir fazer mais com menos foi a mesma. "Retirar" um cilindro (e pistão, biela e mancais) reduziu peso,interno e perdas de calor (eficiência térmica), ao mesmo tempo que a manutenção do deslocamento (999 cm3) trouxe maior eficácia no enchimento das câmeras e na queima da mistura (em razão dos cilindros maiores, com válvulas de admissão e escape ampliadas e a instalação da vela na posição central). E, mesmo sem uso de recursos como turbocompressor e injeção direta de combustível, do receituário downsizing, houve a aplicação de sistemas como comando de válvulas variável na admissão (que melhora as respostas em baixos regimes) e coletor de escapamento integrado ao bloco (que ajuda o motor a atingir a temperatura de trabalho mais rapidamente). 
Além disso, o motor conta com dois circuitos de arrefecimento, um para o cabeçote e outro para o motor (para melhor gerenciamento da temperatura), sistema de ignição com uma bobina por cilindro (elimina perdas elétricas) e sistema de partida a frio (dispensa o tanque auxiliar de gasolina). A partida é assistida, por isso basta um toque na chave para a central do motor comandar todo o processo. O motor EA-211 ficou superior ao EA-111, menos sofisticado. Com etanol, ele gera 82 cv de potência a 6250 rpm e 10,4 mkgf na faixa de 3000 a 3800 rpm, enquanto o antecessor produz 76 cv a 5250 rpm e 10,6 mkgf a 3850 rpm. Diante da concorrência, ele também se sobressai. O Hyundai HB20 1.0, que tem motor de três cilindros, entrega 80 cv a 6200 rpm e 10,2 mkgf a 4500 rpm. Os dois carros têm câmbio de cinco marchas, mas o Bluemotion conta com relações mais longas, para favorecer o consumo.
Para a apresentação do Fox Bluemotion, a VW preparou uma frota de carros com configuração apropriada para demonstrar o melhor rendimento. O carro avaliado era de duas portas, sem ar-condicionado e sem vidros elétricos. O que dificulta a comparação com os modelos citados anteriormente, avaliados em versões de quatro portas completas. Mas, ainda assim, o bom rendimento do Fox Bluemotion deve ser levado em conta. Nas provas de 0 a 100 km/h, ele ficou com o tempo de 15,1 segundos, enquanto o HB20 obteve 15,4 segundos e o Fox 1.0, 18,5 segundos. No consumo, a hegemonia do Bluemotion foi ainda maior. Ele conseguiu fazer 9,5 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada, contra respectivamente as médias de 8,3 e 11,8 km/l, do HB20, e 7,8 e 10,3 km/l, do Fox 1.0. Todos os carros cumpriram os mesmos ensaios, que são o padrão da revista: no ciclo urbano, preveem-se velocidades específicas, trocas de marcha e paradas que simulam semáforos (com tempos iguais). Mas, como o Bluemotion dispõe de um guia eletrônico que mostra no painel o melhor momento para a troca de marchas, aproveitando o torque para conseguir o melhor consumo, ainda que com prejuízo do desempenho, realizamos novas medições respeitando apenas as velocidades e as paradas previstas no ciclo e o rendimento melhorou, com a média urbana chegando a 11,3 km/l. Ou seja: 1,8 km/l a mais. A desvantagem do Bluemotion está no conforto, já que seu motor é mais áspero. A questão não é tanto o ruído, porque a VW caprichou no isolamento acústico, mas a vibração. Para quem usa gasolina, a aspereza é menor. Mas com etanol, como em nosso teste, ela se torna incômoda.
Nos demais aspectos os carros são iguais, com os tradicionais pontos positivos, como o espaço interno e a posição de dirigir, e negativos, como a alavanca de ajuste de altura do banco, que o motorista aciona involuntariamente com a perna, toda vez que sai do carro. Para compensar a dureza dos pneus verdes, a fábrica recalibrou a suspensão do novo modelo, mas sem alterar seu comportamento. O resto são detalhes de estilo, como o revestimento azul dos bancos, na versão Bluemotion.
                   

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