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Chevrolet Classic

Alterado na dianteira e na traseira, o Classic chega com fôlego para encerrar este ano como o três-volumes mais vendido no Brasil em todos os tempos. Na apresentação do carro, não foram raros os comentários do tipo: “Legal, mas ficou com cara de carrinho chinês”. Concordei e indaguei ao pessoal da GM, que não disfarçou certo incômodo com a comparação. Mas esse ar asiático não é mero acaso. Na China, nosso Classic se chama Sail e tinha, desde 2006, o visual que só agora chega por aqui — digo “tinha” por que um Sail completamente novo aposentou o antigo em janeiro. Aliás, antigo para os chineses. Para nós, brasileiros, este é o novo Classic. Mas aplicar aqui o que está saindo de moda do outro lado do mundo não anula o efeito novidade. Os faróis lembram os do Civic de duas gerações anteriores à atual. Atrás, as lanternas remetem às peças de outro japonês do fim da década de 90: o Toyota Corolla. A tampa do porta-malas ganhou um discreto vinco acima da placa e os cantos inferiores foram arredondados. Agora, a iluminação é feita de cima para baixo – até o modelo 2010 o spot iluminava a placa de baixo para cima. Mais volumoso e liso, o para-choque traseiro deu ao novo Classic um toque de requinte. Repetidores de pisca, com peças herdadas do Astra, foram colocados nos para-lamas. O perfil ainda apresenta a nova versão, LS, que aposenta a Life e dá continuidade à estratégia de alinhamento global das siglas iniciada por aqui com o Agile. Quanto ao interior, novidade zero. Ao volante, o motorista encontrará painel e comandos praticamente idênticos aos do início da década de 90, quando o Classic ainda era conhecido como Corsa Sedan – a maioria, diga-se, ainda o chama assim. O quadro de instrumentos é completo mesmo na configuração mais simples, com direito a contagiros e termômetro de água, itens raros entre os populares. A idade avançada do projeto tem prós e contras: o acabamento geral é maduro, de boa qualidade, mas o “clima” da cabine impõe ao motorista uma viagem ao início dos anos 90. Quanto ao espaço interno, o Classic é indicado mais para quem gosta que para quem precisa de um sedã. Três pessoas atrás e muita bagagem no porta-malas? Isso não é com ele. Numa comparação com o Renault Logan (veja a apresentação do modelo 2011 na pág. 96), o Chevrolet tem 11 cm a menos de largura interna na traseira (131 contra 142 cm) e 120 litros a menos de capacidade no compartimento de bagagem (390 contra 510 litros). Mas, se a família não for numerosa, o Classic ainda é uma boa pedida. O motor 1.0 VHC-E é o melhor do segmento. Ágil, ele dá um banho na concorrência nas provas de aceleração e de retomada de velocidade e fica na média em consumo urbano – na estrada, porém, é o mais beberrão da turma. Diferente de Voyage, Siena e Logan, a dupla da GM formada por Classic e Prisma não oferece airbags e ABS sequer como opcionais, uma ausência a lamentar. Em contrapartida, os freios são muito equilibrados. Sem tendência ao travamento das rodas, o Classic cravou números próximos aos dos rivais nas provas de frenagem em asfalto seco e sem desvio de trajetória. Ainda assim, vale lembrar que o ABS é fundamental para a manutenção do controle direcional em situações de pânico, sobre pisos de baixa aderência ou com desvio de emergência. Apresentado ao mesmo tempo que a redução do IPI se despedia do mercado de automóveis, no início de abril, o Classic LS chega custando 29124 reais. Por esse preço, traz desembaçador do vidro traseiro, preparação para som, conta-giros, para-choques pintados e cintos dianteiros com regulagem de altura. Completo, com ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos, alarme, aviso sonoro de luzes acesas e pintura metálica, chega a 35364 reais. 
                      

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